sexta-feira, 23 de maio de 2014

NOTICIA- Cristóvam comenta excesso de laudos de déficit de atenção em provas do Enem



O senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) disse que está surgindo agora no país o que ele chamou de “indústria de laudos” com pessoas “laudadas” ou diagnosticadas com déficit de atenção e que passam a ter, por exemplo, mais tempo para fazer provas.
Nos testes do Enem, as pessoas diagnosticadas com déficit de atenção têm mais uma hora para entregar as provas. É o que o senador classificou de “jeitinho brasileiro" e “cota do tempo”, mostrando o quanto é frágil a educação brasileira.
- A criança que tem déficit de atenção, a gente deve cuidar dela lá na escola, deve dar uma atenção especial, deve ter acompanhamento de psicopedagogos de tal maneira que essa deficiência da atenção seja compensada aprendendo. Não, a gente não faz isso. Deixa para lá, a escola continua como tá. Agora, na hora de fazer o exame, já que a gente não fez o dever de casa, a gente dá uma horinha a mais para essa pessoa. É uma espécie de cota do tempo - afirmou o senador.
Agência Senado

(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

ARTIGO - Táticas psicológicas para matar seu procrastinador interno


Por muito tempo acreditei que era um robô. Não sei bem por quê. Faltava empatia, emoção e suavidade.

Eu não conversava numa voz robótica como o C-3PO. Mas, por algum motivo, esperava que minhas metas fossem a única coisa influenciando minhas decisões e que eu deveria buscá-las como quem executa um código de computador. A única coisa me separando de algo grandioso era o conjunto certo de metas. Infelizmente, eu sou humano, e não é assim que humanos funcionam.

O que está errado comigo? Eu pensei. Por que estou constantemente agindo contra meus próprios interesses? A resposta se esconde nos genes que herdei do meu ancestral, Bob.



Introdução à preguiça

Bob era preguiçoso. Você não saberia isso apenas observando. Ele caçava, plantava, pescava, fugia e matava quase diariamente. Mas fazia isso por uma necessidade imediata. Ele adoraria ficar sentado o dia inteiro se isso não o levasse à morte certa. Necessidade o fez agir. Não é porque uma criança com uma arma na cabeça está seguindo ordens que isso signifique que ela não é preguiçosa.
Mas o motivo que faz Bob preguiçoso é que ação – toda ação – consome muita caloria. E uma vez que a vida depende de manter um saldo positivo de energia armazenada em relação ao que se gasta, gastar calorias com atividades não essenciais seria ridículo.
Nossos genes carregam a seguinte mensagem:
“Faça o suficiente para sobreviver, não mais que isso.”
Não é a sobrevivência do mais forte, é a sobrevivência do forte o suficiente.
Sim, vivemos em um mundo diferente agora. Caloria é um elemento fácil de se conseguir e, se você elogiar uma mulher pelo seu superávit calórico, provavelmente vai ganhar um tapa. Não existe necessidade de ser protecionista com nossos movimentos. Mais calorias estão apenas a um BigMac de distância.

O Aspecto Mental

Este instinto reverbera em todos os pontos da nossa vida. Como sabemos, preguiça é algo que vai além do movimento corporal. Somos mentalmente preguiçosos também. O problema com atividades mentais é que raramente enxergamos uma recompensa imediata vinda delas.
tumblr_inline_mmaur1NYnX1qz4rgp
À medida que o corpo evoluiu, criou mecanismos para nos encorajar a levantar e correr quando uma ameaça aparece. A habilidade de sentar e trabalhar não representa para nós um benefício genético.
Nossa mente é mesquinha, nada boa em calcular valor futuro.


Existe saída?

Felizmente, psicólogos passam tanto tempo estudando nosso cérebro que aprendemos a burlar nossos instintos para alcançar nossos objetivos.
Quando você estrutura suas metas de uma forma que a mente vê como cruciais e imediatamente valiosas (alinha seu cérebro para estar no estado de controlá-las), você se torna capaz de direcionar sua capacidade natural para conquistar qualquer tarefa que tenha pela frente. Não importa quão enfadonho isso pareça.
Vou mostrar minhas técnicas favoritas para aproveitar toda essa capacidade: empregar dissonância cognitiva para forçar seu comportamento a se alinhar aos seus objetivos.

Dissonância cognitiva

Palavras chiques da psicologia assustam um pouco, vamos simplificar. Dissonância cognitiva é a sensação desconfortável de quando a versão da realidade dentro da sua cabeça não combina com o mundo externo.
A reação mais comum quando sentimos isso é o auto-engano. Mais confortável do que compreender o problema e fazer algo quanto a ele, é mais confortável nos convencer de que o problema não existe.
“Ela não pode estar ignorando minhas ligações, ela deve ter perdido o telefone.”
Certo, amigão.
"Será que eu atendo?"
“Será que eu atendo?”
Mas, melhor que se afastar da realidade eliminando a dissonância cognitiva, você vai aprender duas técnicas para amplificar sua dose de realidade. Você vai escancarar essa diferença entre a realidade e sua mente.
Primeiro, como exemplo de como funciona. Estimular a dissonância cognitiva tem sido amplamente utilizado como técnica de manipulação por profissionais de marketing. Para testar sua influência,pesquisadores executaram um famoso experimento no qual pediam para um pequeno grupo de pessoas selecionadas aleatoriamente para colocar uma plaquinha em seu gramado dizendo “Dirija com Segurança”. Praticamente todos concordaram.
Semanas depois, pesquisadores passaram de porta em porta perguntando se poderiam colocar uma grande placa horrível, encorajando direção segura. Os estudos mostraram que as pessoas que anteriormente tinham aceitado colocar as placas pequenas, eram quatro vezes mais inclinadas a aceitar as placas grandes. Colocar uma placa pequena subconscientemente afirma sua percepção própria como uma pessoa contra direção perigosa. Um pequeno lembrete foi o suficiente para influenciar suas ações semanas depois.
E, como muitas técnicas de observação que podem ser utilizadas por nós e por outras pessoas, podemos usar dissonância cognitiva para mudar nossos próprios hábitos. Existem duas formas de conquistar isso:
  • Pela afirmação da nossa identidade, nos encorajando a agir em acordo com ela;
  • Registrando nosso comportamento para tornar mais evidente a distância entre o que acreditamos e nossas ações.
Essencialmente, são dois lados da mesma moeda. O objetivo é nos forçar a enxergar a realidade da forma mais plana possível, de forma que esse desconforto causado pela dissonância cognitiva consiga fazer sua mágica.

Afirme sua identidade com comprometimento

Como no exemplo do “Seja um motorista prudente”, você pode encorajar seu comportamento reafirmando desejos que estejam alinhados com ele. Buscando a lembrança de nossas crenças mais abrangentes, tendemos a agir de acordo com elas.
Isso soa vago, então aqui vai a parte mais importante: coloque seus objetivos no papel.
Escrevendo nossos objetivos, não existe onde se esconder. Se concluí-los, você vence. Caso contrário sabe que falhou. Não permitir que o cérebro se sabote é crucial para se manter motivado. Essa é uma prática que pode ser feita de forma privada, mas é infinitamente mais poderosa se tornar isso público.
Quando executei as 2011 flexões no desafio relatado aqui no PdH, se eu não tivesse tornado a meta publica, me comprometendo de uma forma tão extrema, eu provavelmente não teria conseguido chegar nem na metade do que acabei fazendo.
Já está passando da hora de usar isso a seu favor
Já está passando da hora de usar isso a seu favor
Anunciar seus planos, metas e crenças para o mundo funciona maravilhosamente para nos motivar a agir no sentido que queremos.
Em um estudo onde um grupo de pessoas de dieta fizeram seus planos públicos no facebook, seu policiamento com a dieta foi altíssimo. A hipótese é que eles não podiam mais se enganar não escolhendo sua comida cuidadosamente nos seus momentos de fraqueza. O capetinha nos seus ombros, sussurrando, “você nunca ligou para essa dieta mesmo”, foi calado.
Os objetos da pesquisa declararam em público a importância de sua dieta. Não segui-la seria como reconhecer sua fraqueza e destruir sua identidade.

Medindo o buraco da realidade

“O que pode ser medido pode ser gerenciado” –Peter Drucker
Registrar nossas ações é outra forma de revelar o buraco entre nossa auto-percepção e a realidade. Como discutimos acima, é fácil nos enganar com noções vagas. Traduzir essas crenças em medições concretas cria uma enorme mudança de comportamento com quase nenhum esforço.
Constantemente mantemos ideias vagas como “eu sou um homem trabalhador” ou “eu me alimento de forma saudável” sem realmente examinar nosso comportamento e ver o que sustenta essas ideias. Nos forçando a ver que os fatos alinham com nossa percepção pode ser bem doloroso.
Continuando com os exemplos da dieta, existe um estudo no qual pesquisadores utilizaram um grupo de voluntários para seguir diferentes planos de dietas. O grupo que se saiu melhor não recebeu instrução alguma. Ao invés disso, pediram que fotografassem toda refeição e besteira que consumissem.
A dissonância cognitiva entre a autopercepção dos praticantes e a realidade do arquivo repleto de fotos modelaram seu comportamento melhor do que qualquer planejamento alimentar faria.
Então, como podemos observar esse comportamento com uma perspectiva de produtividade? Medindo nosso tempo.
Medir nosso tempo é um dos maiores amplificadores de produtividade que já experimentei. ComoSebastian Marshall escreveu uma vez:
“Se você nunca se mediu, não sabe o tamanho do poder que esse hábito tem. Eu não conseguiria explicar isso adequadamente, você não acreditaria em mim. Pensaria que estou exagerando.”
Admita, depois disso, você está pensando em dar uma chance.

Princípios de medição de Tempo

Lloyd, Harold (Safety Last)_01
Como o nome da atividade já diz, medir o tempo se baseia basicamente em registrar o que faz com seu tempo. Não existe muito mais o que fazer.
Se é escrever detalhadamente um diário todas as noites, tudo bem. Se significa preencher uma planilha, está bom também. O simples ato de detalhar seu comportamento vai forçar a examiná-lo e aprender com isso. Essencialmente, todos os conselhos a seguir servem a dois propósitos: permitir que você registre as informações mais úteis com o menor esforço possível.
Seguem quatro princípios de medição de tempo que se mostraram bem sucedidos para mim e para pessoas que tenho ajudado.

1. Foque nas coisas certas

Se você não se importa com sua dieta, não escreva o que fez para o café da manhã. Se não se importa com seu sono, não registre quantas horas dormiu. Parece óbvio, mas o impulso de registrar tudo rapidamente se torna esmagador. Mantenha o foco nos hábitos que você quer desenvolver e comportamentos que quer continuar diariamente.

2. Comece pequeno e vá crescendo

Apesar do objetivo de medir seu tempo ser o desenvolvimento de hábitos melhores, medir o tempo por si só é um hábito. E como todos outros, é importante começar pequeno e ir aumentando com o tempo.
Por mais tentador que seja registrar tudo, não se sufoque com 20 páginas complicadas para preencher toda noite. Juro que, se sua planilha for como fazer uma pequena monografia, você não dura uma semana.
Torne isso o mais simples e fácil possível, para virar algo automático na sua vida. Só assim, se você ainda quiser, adicione mais variáveis.

3. Nunca pule um dia

O embalo é uma coisa mágica. Se perder um dia, você se prejudica de duas maneiras. Primeiro, você torna a justificativa mais fácil para as próximas vezes. Segundo, você se sabota e torna o processo bem menos eficiente, assim os benefícios começam a não valer o custo.
O método utilizado por Jerry Seinfield para escrever comédia parte desses dois princípios. Não importa se o que ele produz é bom ou ruim, curto ou longo. Se ele escreve alguma coisa, ele consegue cortar um dia do seu calendário.
Seinfield afirma que o embalo é a chave para não sair da linha.
Siga esse conselho. Nunca pule um dia.

4. Torne as coisas fáceis

Da mesma forma que é importante manter o registro do seu tempo curto. Como mencionado acima, é bem melhor se você preencher seu caderninho com respostas de uma página, do que escrevendo uma monografia.
Tente manter o maior número de perguntas de Sim/Não que for possível. Preencher com números é bom também.
Faça tudo o mais direto e objetivo que conseguir. Faça de forma tão simples que quando estiver muito cansado e for pra cama, não queira deixar de fazer.
* * *
Práticas de comprometimento e medição de tempo são técnicas incríveis para promover a dissonância cognitiva e alcançar suas atividades. Em todo caso, elas são apenas peças do quebra-cabeça. Para entender melhor o panorama dos princípios psicológicos e as táticas de produtividade correspondentes, criamos um curso chamado Matando Bob: Táticas psicológicas para matar seu procrastinador interno.
Nota do autor: Este texto foi um trabalho conjunto com meu parceiro Zach Obront.
Alberto Brandão

Conta sua jornada, falando sobre empreendeorismo e startup no QG Secreto. Treina Taekwondo, Jiu-jitsu, Parkour e MMA. Escreve sobre treinamento físico em seu blog. Recentemente largou tudo para buscar um caminho mais feliz.

Outros artigos escritos por 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

ARTIGO - Como sabotar a autossabotagem


A autossabotagem não é uma bruxa má que habita seu inconsciente e tenta destruir suas melhores realizações. Ela é uma tentativa da sua mente de manter o status quo e garantir que nenhuma grande mudança ocorra e abale a manutenção do equilíbrio aparente da sua vida.
Ainda que o resultado final seja uma estranha sensação de que está tudo errado, o objetivo da autossabotagem é garantir seu bem-estar.
A base da autossabotagem é uma mentalidade primitiva e infantil que nos habita e ainda anseia por viver sem grandes responsabilidades ou obrigações. É aquela parte da mente que quer comer enlouquecidamente, não tomar banho, viver brincando com os amiguinhos e se sentindo o super-homem, sem esforço ou interrupções.


Sabe aquele cara que se acha um baita jogador de futebol, mas que nunca levou o esporte a sério por sempre estar com o pé machucado? Pois é, colocar a mão na massa efetivamente seria uma forma muito dolorosa de perceber que talvez fosse um jogador mediano. Mas como sua desculpa sempre foi o pé ruim, pode passar uma vida inteira aficcionado por futebol e afirmando para si mesmo que poderia estar lá entre os grandes dos gramados.

Ou seja, a autossabotagem é um mecanismo de proteção da sua identidade.

O mais importante é não confrontar a realidade e se manter no sonho potencialmente bom, ainda que nunca comprovado.

Os subterfúgios racionalizadores para não assumir seu receio de insuficiência são variados:

“Não é que fui mal na prova, mas escolhi um dia ruim, acabei dormindo mal na noite anterior”;

“Nunca deixei meu trabalho em segundo plano e sei que os homens são limitados mesmo, estou feliz por nenhum interesseiro ter se aproximado de mim e por isso fiquei solteira (mesmo querendo ter um relacionamento)”;

“Acabei não passando na entrevista de emprego porque me atrasei, o trânsito dessa cidade é terrível”;

“Ela que está perdendo por ter me deixado”;

“O que tem que ser será, o que eu poderia ter feito para passar no concurso?”;

“As pessoas que são idiotas, eu não preciso da aprovação de ninguém!”

Todas essas pessoas já tinham uma desculpa socialmente aceita para se justificar. Caso tivessem sucesso comemorariam, mesmo sabendo que não deram tudo de si. E diante de um eventual fracasso, podem atenuar sua culpa.

Atualmente, eu tenho um prazo para entregar um livro para uma editora e sei que há um sabotador que me faz entrar de cabeça em qualquer coisa, menos na entrega do texto, por isso tenho me antecipado ao trabalho sujo dele.

Pensando nisso, elenquei algumas das principais estratégias de autossabotagem que usamos e falo um pouco sobre como enganar esse sabotador interno.


O zapeador mental

radio-tuner

Já reparou que na hora de estudar para a prova todas as coisas mais legais do mundo estão acontecendo?

Seu amigo chama para uma festa, o episódio da sua série favorita começa, uma garota puxa um papo no Facebook e salta no seu feed de notícias um vídeo engraçado que leva a outro.

Nada disso facilitará um bom desempenho que, no longo prazo, promoverá sua inserção no mercado de trabalho. Sua mente não vê seus objetivos dessa forma.

Sabendo que sua cabeça tentará mudar de canal psicológico e desviar do foco, engane sua percepção, distraia sua distração. Finja que aperta o botão do random e sempre pare no mesmo canal.

Eu faço da seguinte maneira: a tela em branco está diante de mim, ligo o método Pomodoro para fingir que estou levando a sério o texto. Sei que terei 25 minutos de escrita e 5 descanso, mas sei que vou me distrair em 10 minutos no máximo.

O que eu faço? Em nove minutos eu me forço a sair do texto e zapear sem propósito, mas fica chato, o legal seria zapear na surdina enquanto estou me levando à sério. Logo, volto ao texto e faço mais dez minutos e assim eu engano o método Pomodoro, mas também engano o meu lado espertinho que quer dar uma de malandro e subversivo. Resultado? Tarefa concluída.

Detalhe: escrevi esse texto fazendo isso.

O gorila guloso


Exatamente por se comprometer a fazer uma dieta, malhar ou meditar, sua megalomania não se submeterá aos olhares constrangedores dos bombados que puxam ferro de 50 kg com facilidade.

No Fantástico Mundo de Bobby que criamos, o emagrecimento e a saúde vem com o poder da mente, bastando desejar.

Esse gorila guloso que sabota qualquer meta pensa de forma binária: é tudo ou nada. Se não emagreceu numa manhã com 20 abdominais e supino, nada feito, vergonha pura, desista!

Já que o gorila guloso não aceita nenhuma derrota e quer sair ganhando de cara, é interessante premiá-lo com pequenas recompensas. Nada que o impressione demais, o objetivo é enganar seu sistema mental de recompensas imediatas de curto prazo.

Se você fez uma parte da tarefa, vá beber água ou assista um pouco de TV. Nada demorado, só um estímulo breve para manipular seu sistema preguiçoso que quer ficar fazendo nada. Quando chegar da academia, premie-se com um pequeno chocolate.

Se realmente fracassou irremediavelmente nas suas tarefas, invente outra micro-meta e recomece no dia seguinte, com todo o cinismo do mundo, como se nada tivesse acontecido.

Síndrome de Startup


Somos ótimos para começar projetos incríveis, afinal, existe uma máquina de ideias geniais e rentáveis em cada espaço no nosso cérebro. Essa fixação por grandes iniciativas se torna uma grande dificuldade em concluir tarefas, principalmente aquelas de execução a longo prazo.

O problema dessas iniciativas incríveis é que no final nunca haverá uma plataforma razoável para dar o próximo grande passo. O sujeito tem mil projetos, textos, ideias iniciadas, mas nenhuma em andamento.

Esse Mark Zuckerberg interno precisa de foco e resiliência para agarrar uma tarefa no chifre e executá-la até o fim. Quando surge uma dificuldade ou ninguém aplaude sua grande ideia, a ânsia por novidade se apodera de você. O que fazer? Por hábito, você começaria um projeto novo só para não perder o pique e achar que é muito esperto e importante.

Engane sua mente, finja que o novo projeto é o mesmo remodelado e coloque mais uma peça na engrenagem. Ainda que dê um novo formato a ele, será só parte da sequência da tarefa anterior.

O anti-Hércules


Se a tarefa parece gigantesca e o gorila guloso só aceita mega-projetos, sua mente achará que pequenas tarefas não são dignas de você. O anti-Hércules não aceitará nada menos que o Olimpo ou uma grande realização.

Nessa hora você precisa dar voz ao Hércules (meio homem e meio deus) e se engajar em tarefas “humilhantemente” menores. Sim, divida tudo em pequenas frações e as trate como se fossem independentes.

No meu caso, criei o sumário do futuro livro em capítulos e passei a me dedicar a eles em etapas. Toda vez que eu pensava no livro inteiro, sentia um cansaço antecipado enorme, afinal, meu anti-Hércules queria que eu fosse um escritor compulsivo que conclui sua grande obra numa tacada só.

De grão em grão a galinha enche o papo. O ditado é velho, mas é realista, afinal a realidade não é como a história de “João e o pé de feijão” e se esperar que um ato mágico conclua suas tarefas, nada será realizado.

Por mais chato que pareça, ninguém pode viver a vida no seu lugar.

O lobo solitário

Estar sozinho é uma das maneiras prediletas de se enganar e fraquejar. Infelizmente, somos movidos por prazos externos, “chicotadas” do chefe e culpas por mau desempenho. Sabendo disso, preferimos fazer as coisas sem avisar ninguém, pois caso tudo dê errado ninguém vai pentelhar ou cobrar.

Seja o “amigo da garotada”, espalhe sua tarefa por aí e deixe que as pessoas se metam na sua vida. Sim, sua mãe vai te aborrecer, seus amigos vão importunar, você terá ódio de ter autorizado essa invasão coletiva, mas essa é a melhor maneira de colocar sua mente para operar em rede.

Certa vez um amigo me pediu para avisar publicamente toda vez que ele tentasse agir como um espertinho arrogante. Por incrível que pareça, funcionou. Seu medo de ser exposto em público era maior do que a vontade de parecer um sabichão.

Ao contar para os demais sobre suas metas, você sentirá vergonha do seu fracasso e, se sua mente operar com isso, já está valendo.

O rebelde sem causa

O sabotador interno é aquela porção rebelde da mente que tenta sair da asa dos pais, mas quer continuar vivendo de mesada. O famoso rebelde sem causa.

Toda vez que uma obrigação é colocada na sua frente, o menino birrento vai dar as costas, e fazer cara de durão capaz de fazer as coisas por si.

A procrastinação de quem se acha espertinho pode atrasar sua tarefa simplesmente por achar que é inaceitável executar uma demanda vinda de outra pessoa.

Deixe o rebelde sem causa procrastinar por uma ou duas horas, massageie o ego dele, diga que ele é capaz de fazer melhor do que qualquer um e vá lentamente se enganando até que aquela ideia pareça sua.

Como ele é um cara malandro, deixe que execute a tarefa associando a algo bem legal, seja comendo algo saboroso, ouvindo uma música incrível ou trabalhando num café qualquer.

O mais importante é você fazer o sabotador rebelde não acreditar que aquilo é responsabilidade e trabalho.

* * *

Já que operamos por mecanismos bem pobres e primitivos, é fundamental não imaginar que teremos um resultado de alta performance. Os caras que são muito produtivos vão achar essas estratégias tolas. Afinal, não precisam administrar o sabotador nesse nível básico.

Por isso, os livros de autoajuda costumam não funcionar: eles partem do pressuposto que o leitor, que muitas vezes precisa de soluções bastante primárias, está em condições de mudar seus condicionamentos de maneira brusca.

A pessoa que precisa gerenciar sua produtividade está emocionalmente chafurdando na lama.

Essa é a hora de usar o pior que ela tem a seu favor. Portanto, espero ter ajudado você a colocar sua preguiça, orgulho e vaidade para movimentar algo em sua vida.

Antes de encerrar, uma última dica. Finja que já sabia tudo o que leu nesse texto, só para achar que a ideia é sua. Isso vai inibir o rebelde sem causa e motivar você a colocar a mão na massa.


NÃO SOMOS TÃO POUCOS....


VAMOS A UMAS ESTATÍSTICAS BÁSICAS...

Segundo pesquisas, o TDAH atinge de 3% a 5% da população...

Pegando a média: 

3%+5%= 8%/2 = 4%


Segundo o censo 2013, o Brasil possui 201.032.714 habitantes.


4% RESULTARIA = 8.041.308


No que para menos, seria comparável ao 9º estado mais populoso do pais, 
PosiçãoEstadoPopulação% da pop. TotalPaís comparável
(habitantes)
1 São Paulo43 663 67221,7% Argentina(41 769 726)
2 Minas Gerais20 593 36610,2% Angola(20 609 294)
3 Rio de Janeiro16 369 1788,1% Chile(16 634 603)
4 Bahia15 044 1277,5% Camboja(15 135 000)
5 Rio Grande do Sul11 164 0505,6% Bélgica(11 156 136)
6 Paraná10 997 4625,5% Guiné(10 824 200)
7 Pernambuco9 208 5114,6% Azerbaijão(9 235 100)
8 Ceará8 778 5754,4% Áustria(8 464 554)
9 Pará7 969 6554,0% Tajiquistão(8 000 000)


SEGUNDO O CENSO 2013, A POPULAÇÃO MUNDIAL É DE APROXIMADAMENTE 7,2 BILHÕES

4% = 288.000.000

Estaríamos em termos de numerosidade, entre Indonésia e Estados Unidos.

#Nome do Estado nacionalHabitantes (est. até2013)1
1 República Popular da China1 354 040 000
2 Índia1 210 569 573
3 Estados Unidos316 024 000
4 Indonésia245 613 043
5 Brasil201 032 714
6 Paquistão187 342 721
e mesmo se fosse o mínimo:

3%=  216.000.000

Só ai já daria para perceber que daria para formarmos um Brasil e ainda sobraria...

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

30.000


CELEBRANDO OS 30.000 ACESSOS AO BLOG....

Segue uns dados interessantes sobre os posts mais visitados:

10/11/2011, 11 comentários
1763
26/10/2011, 7 comentários
1367
26/02/2012, 1 comentário
1164
773
05/11/2011, 3 comentários
651
11/03/2013, 7 comentários
406
09/01/2012, 1 comentário
378
166
29/03/2012
147
128

TERMOS MAIS PESQUISADOS:

universodda.blogspot.com
78
nao esta fazendo o que deve
58
blogs de tema dda tdah
16
dda hiperfoco eletricidade
11
tirinha amizade
8
famosos com tdah
7
tiradas do calvin
6
universodda.blogspot.com.br+a-fobia-social-e-meu-ciclo-vicioso
6
legos grandes
5
tirinha sobre amizade
5

Com isso, vou colocar em prática um desejo que ando tendo ultimamente... que é a vontade de reformular este blog... não nos posts, mas nos temas dele...

No começo quando conheci o TDAH, após alguns meses, criei o blog tendo como inspiração o universo novo que conheci, no qual eu era o peregrino nele, e iria contando o que descobrisse no caminho... assim... e tinha até meu mascote, as os robozinhos com cabeça de lampada que nos simbolizam (cabeça cheia de ideia movido a motor). O chato é que depois de um certo tempo, descobri que existia um site já bem acessado que é o www.universotdah.com.br. Mas continuei com o blog mesmo assim, já que já estava sendo consideravelmente visto.


Hoje tenho uma vontade incrível de mudar o tema para "JORNAL TDAH"...  e separando os temas:

Colunas - minhas histórias e visões próprias
ARTIGOS - Textos externos referente o tema
Notícias TDAHs
Quadrinhos e Humor

Como não sou doido, o endereço daqui continuará o mesmo.... a questão é só eu ter de reprojetar o visual do blog...

aliás, até peguei os domínios tipo:

NOTICIASDDA.BLOGSPOT.COM
JORNALDEFICITDEATENCAO.BLOGSPOT.COM
JORNALTDAH.BLOGSPOT.COM
NOTICIASTDAH.BLOGSPOT.COM
COLUNATDAH.BLOGSPOT.COM
TRIBUNATDAH.BLOGSPOT.COM
GAZETATDAH.BLOGSPOT.COM
TRIBUNADDA.BLOGSPOT.COM
GAZETADDA.BLOGSPOT.COM

Quem os acessa-los serão redirecionados para cá...

A questão agora é só eu mudar o design e o layout.... (mas vai dar um trabalho.... e até eu arranjar tempo e disposição para isso... vamos ver)

Bom, quem quiser comentar sobre esta ideia, pode comentar....

E quem puder me ajudar com dicas de ilustrações, montagens para o novo visual e tema do blog... podem falar...

Aqui vai o endereço para enviar peregrinodda@hotmail.com (avisem nos comentários que enviaram pois demoro para acessar esse email)


MAS DEIXANDO CLARO QUE AS POSTAGENS CONTINUARÃO NORMALMENTE... E QUANDO O LAYOUT TIVER PRONTO APENAS VOU MUDAR E AS COISAS CONTINUARÃO INDO EM FRENTE COMO SEMPRE...